“O lugar mais seguro que o navio pode estar é o porto. Mas ele não foi feito para permanecer ali.” Assim dizia Içami Tiba.


Sabe aquelas lembranças do FaceBook?… Pois é, hoje ele me lembrou que fazem cinco anos que postei essa foto. o saudoso escritor Içami Tiba, uma vez escreveu um texto comparando os filhos aos navios e os pais ao porto seguro: “O lugar mais seguro que o navio pode estar é o porto. Mas ele não foi feito para permanecer ali.” E na minha família não foi diferente. Só tenho duas filhas e elas passaram vários anos vivendo longe de casa… Isso me remete ao texto ‘Filhos são como navios’ de que gosto muito: “Filhos nascem dos pais, mas devem se tornar cidadãos do Mundo”. Lembro do tempo em que Paula vivia em Barcelona e Raquel em Melbourne. Felizmente, nesse momento, voltaram a viver no Brasil e estão perto de casa. Às vezes sinto preguiça de sair para passar o fim de semana com elas… Mas aí vem à lembrança daquele tempo em que haviam dois Oceanos entre nós. Vivíamos em três Continentes diferentes. Eu aqui na América do Sul, Paula na Europa e Raquel na Oceania. Quando lembro disso, deixo qualquer coisa que esteja fazendo para depois, me arrumo, fecho a casa e saio correndo para desfrutar os momentos preciosos ao lado delas. O amor e a presença da família é o melhor que a vida pode nos dar💜

(por Labouré Lima)

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No #Fantástico quando @CamilaPitanga disse que pensou na filha… chorei por ela e por Domingos que não conseguiu voltar para os seus…

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Ouvi o relato da Camila Pitanga no Fantástico sobre a sensação de impotência dela para salvar o amigo Domingos Montagner apesar de ter segurado o braço dele por duas vezes… Uma cena inesquecível e muito triste para lembrar de um amigo. É preciso ter fé e acreditar que o tempo vai ajudá-la a superar. Deus é o Mestre do tempo.

A sensação difícil de impotência para salvar a vida de alguém é assombrosa, um momento doloroso. Há muitos anos ocorreu diante dos meus olhos uma cena no Metrô do Rio… Estava na gare da estação Glória do Metrô, indo para o trabalho. Eu morava na Rua do Russel e trabalhava na editora Vozes, no Largo da Carioca. Quando o trem se aproximou me encontrava bem próximo da linha que adverte os passageiros para não avançar, enquanto as portas não se abrem. Lembro do último olhar daquela senhora que estava do meu lado e que por uma fração de segundo tive a sensação do que ela iria fazer… Alguma coisa no olhar dela parecia dizer: não faça isso! Inesperadamente pensei em me agarrar a ela, mas lembrei da minha filhinha de 3 meses que havia deixado em casa. Foi tudo tão rápido! Fiquei ali incrédula. Anestediada. Em poucos segundos aquela vida se acabou embaixo do trem. Depois da cena torturante daquele dia, passei muitos momentos angustiada. E por um longo tempo me questionava sobre o que aconteceria se eu tivesse tentado agarrar o braço dela…  Tantos anos se passaram e a lembrança da cena ainda hoje me incomoda. Será que a vida dela estaria em minhas mãos? Eu seria capaz de puxá-la ou ela teria me puxado? Nunca vou saber. O que sei é que não somos os donos da vida. Às vezes penso que cada um de nós vem ao mundo com ‘um mapa desenhado e um tempo de viagem’. O sopro da vida é um mistério que o ser humano não domina.

(Por Labouré Lima)

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