Um pouco de história sobre a vida de Catarina Labouré – a irmã de caridade da ordem de São Vicente de Paulo, vidente da Medalha Milagrosa – Parte 1

A família Labouré e o sonho realizado – (Fain-lès-moutiers, Borgonha)

Pedro e Luisa esperavam ansiosos pela chegada da sua criança, mas não com a ilusão de pais primeiramente. Era o nono filho que traziam ao mundo. Corria o ano de 1806. Em maio, no parto de Luísa, enquanto tocavam os sinos, anunciando a hora do Anjo, nascia sua nona filha entre as pradarias e vinhas da Borgonha, na França. E no dia seguinte, dia da Exaltação da Santa Cruz, foi batizada e recebeu o nome de Zoe Catarina, a nona filha dos Labouré, uma família de classe média alta de Fain-les-Moutiers. O sonho dos pais tinha sido realizado. Uma nova filha tinha chegado ao mundo, uma Labouré à qual esperava uma vida de trabalho no campo e no lar, como era próprio das famílias daquela época que se dedicavam à agricultura e à pecuária.

‘Não Chore À Beira do Meu Túmulo’ é um poema de Mary Elizabeth Frye

“Não chore à beira do meu túmulo,
eu não estou lá… eu não dormi.
Estou em mil ventos que sopram,
E na neve macia que cai.
Nos chuviscos suaves,
Nos campos de colheita de grãos.
Eu estou no silêncio da manhã.
Na algazarra graciosa,
De pássaros a esvoaçar em círculos.
No brilho das estrelas à noite,
Nas flores que desabrocham.
Em uma sala silenciosa.
No cantar dos pássaros,
Em cada coisa que lhe encantar.
Não chore à beira do meu túmulo desolado,
Eu não estou lá – eu não parti.”

Essa expressão artística da foto que nos remete ao sentimento de perda, foi fotografada no Cemitério de Montparnasse em Paris.

Nossas orações pela PAZ PROFUNDA a todos os mortos, especialmente aos que ‘partiram’ nessa pandemia de Covid-19.

Sta Catarina Labouré rogai por mim!

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28 de Novembro é o dia da minha madrinha de consagração, Santa Catarina Labouré a vidente da Medalha Milagrosa.

A 1ª vez que eu vi o rosto de Santa Catarina Labouré foi através da imagem que traz a assinatura dela. A minha mãe ganhou no ano em que eu nasci. E estou certa de que uma das emoções mais marcantes na minha vida foi realizar o sonho de visitar o Convento da Rue Du Bac 140, onde ela viveu em Paris. Um lugar especial que eu quero voltar sempre que for possível.

Ofereço no dia de hoje essa oração poderosa que é a minha preferida para obter uma graça.

Santa Catarina Labouré vós que ouvistes dos lábios da Virgem Santíssima essas doces palavras*:

“Eu mesma estarei convosco. Tenho sempre velado por vós e vos concederei muitas graças. Momento virá em que pensarão estar tudo perdido. Tende confiança, Eu não vos abandonarei.”

Santa Catarina Labouré rogai por mim
(faça um pedido)

Rezar 3 vezes:
Pai Nosso
Ave Maria
Glória ao Pai
Sta Catarina Labouré rogai por mim!

(Reza-se em qualquer dia. Mas especialmente a 28 de Novembro, que é o dia consagrado a Santa Catarina Labouré)

(*As palavras proféticas de Nossa Senhora para Santa Catarina Labouré, foram mencionadas por Ela no Convento das Filhas de Caridade de São Vicente de Paulo em 1830, na Rue du Bac 140, Paris)

#NossaSenhoradasGraças #santacatarinalabouré #catherinelaboure #fainlesmoutiers #MedalhaMilagrosa #RueduBac #filhasdacaridadedesãovicentedepaulo

A HISTÓRIA DA MEDALHA MILAGROSA COMEÇOU EM PARIS…

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QUANDO A VIRGEM APARECE

O mundo sobrenatural está no meio de nós, mas nossos sentidos não podem perceber. Em sua condescendência, Deus vem a nós, diante de nossa fraqueza. Foi Ele quem nos fez! Portanto Ele sabe da nossa necessidade de sinais visíveis para chegarmos ao invisível. E a Medalha Milagrosa é um desses sinais.

A Encarnação é o 1° prodígio de Deus, se mostrando entre nós! Na sua vida terrestre, Jesus realizou numerosos milagres que atestam ser Ele o Messias anunciado e que nos convida a acreditarmos Nele; àqueles que se dirigem a Ele, com fé, Ele concede o que lhe pedem.

O tempo da Igreja não marcou a interrupção de seu amor por nós! É certo que Deus nos disse tudo por meio de seu Filho, mas Ele continua a nos prodigalizar com os sinais de sua ternura para conosco. E assim nos envia sua Mãe que vem sulcar nossa terra com suas aparições.

Não se trata de superstição acreditar nas aparições da Santa Virgem, aprovadas pela Igreja, que, se apoia nos rigorosos fundamentos críticos. Trata-se apenas de uma humilde submissão aos fatos da história, que não podem ser suprimidos, nem de sua interpretação tendenciosa da mentalidade oscilante do mundo, que constituem um desafio à superabundância da fé, uma fé autêntica.

“Bem-aventurada aquela que acreditou!”

Como não associar a este grito de admiração de Isabel à nossa transformação de incrédulos que somos em verdadeiros homens de fé, seguindo os passos da Virgem Maria.

O BOM USO DA MEDALHA MILAGROSA

Nós, fieis, temos sempre o hábito de usar medalhas de Nossa Senhora num cordão, à volta do pescoço. Essa devoção constitui, de nossa parte, um testemunho de fé, um sinal de veneração à Mãe de Deus e expressão de nossa confiança na proteção maternal da Virgem Maria.

Usar medalhas não é, pois, uma superstição. No Concílio de Trento, em 1563, a Igreja fixou o bom uso de medalhas, imagens, escapulários, lembrando aos cristãos que, é preciso que fique bem claro, quando veneramos as imagens de Cristo, da Virgem e dos Santos, não significa que colocamos nossa fé nas imagens e sim que veneramos as pessoas que elas representam.

É bem diferente de superstição, que atribui um efeito oculto ao objeto venerado, atitude automática, porém em vão.

A medalha, oriunda da aparição da Santa Virgem à Irmã Catarina Labouré, é apenas um pedacinho de metal. Não devemos considerar essa medalha como um talismã ou um amuleto com poderes mágicos, o que seria, de nossa parte, uma vã credulidade.

Pequeno memorial do amor da Virgem, a medalha nos ajuda a conservar este amor vivo em nosso coração e em nosso espírito, porque temos a memória curta e a vontade fraca!

A medalha, lembrete da fé que nos é concedida, nos estimula a demonstrar nosso reconhecimento através de um comportamento digno de uma filha de Nossa Senhora.

A Igreja abençoa estes objetos de devoção, nos fazendo lembrar que o papel deles é nos trazer à memória o amor de Jesus Cristo por nós e de aumentar nossa confiança na ajuda de sua Mãe, que é também nossa Mãe.

A medalha milagrosa compreende quatro características. Foi como que “desenhada” pela própria Virgem que a mostrou sob a forma oval, com uma invocação a ser gravada, sua própria efígie de um lado e no reverso os motivos simbólicos. E, partindo desses detalhes, a Virgem explicou seu conteúdo: a mensagem explícita e implícita de sua própria identidade, sua Imaculada Conceição, sua cooperação na salvação concedida por seu divino Filho e sua maternidade universal.

Em seguida, a Virgem Maria ainda ensinou o modo de a usar:

“Aqueles que a usarem com confiança”, palavras que nos soam como um eco das palavras de Jesus à mulher curada depois de tocar em seu manto: “Vá, a tua fé te salvou”.

Finalmente, a Virgem Maria assinala o objetivo: receber grandes graças, lembrando-nos a misericórdia de Deus e a primazia da vida espiritual.

A Virgem Maria atribui uma eficácia particular à sua medalha: a Igreja sempre admitiu que se atribua milagres, às relíquias, às imagens, às medalhas e aos escapulários. Santa Joana de Chantal não foi ela milagrosamente curada, em 1618, pela imposição das relíquias de São Carlos Borromeu, pelas mãos de São Francisco de Sales?

São Maximiliano Kolbe, em 1912, não salvou seu pulso direito de uma amputação, com a aplicação de água de Lourdes?

Está claro que é Deus quem faz os milagres, mas às vezes Ele quer fazê-los através de objetos, bem materiais de devoção, ou pela intercessão de seus servos fiéis, de seus santos e principalmente de sua Mãe!

A mensagem da medalha milagrosa é um apelo à confiança na intercessão da Virgem Maria.

Aceitemos, pois, humildemente, pedir graças pelas suas mãos!

UMA FULGURANTE DIVULGAÇÃO

Depois das aparições, Catarina Labouré toma conhecimento de sua missão: mandar cunhar uma medalha. E ela a transmite ao Padre Aladel, da ordem dos lazaristas. Não obteve o menor eco. Nomeada para Reuilly, um bairro pobre de Paris, Catarina se encontra agora a serviço dos idosos, no Asilo de Enghien.

Mas como a voz interior continuava a insistir com Catarina, um dia ela tomou coragem e disse ao Pe. Aladel: “A Virgem está descontente porque não escutam o que ela fala”. Tocado por esta admoestação, Pe. Aladel resolveu agir e com o apoio de seu superior, pôs-se a agir. E surpresa! O Bispo de Paris, Monsenhor Quélen, não vê o menor inconveniente em mandar cunhar a medalha pedida pela Virgem Maria. E ainda demonstra seu desejo de ser um dos primeiros a receber uma das medalhas.

Em fevereiro de 1832, estoura em Paris uma terrível epidemia de cólera que ocasionaria mais de 20.000 mortes. Em junho, as primeiras medalhas, cunhadas por Vachette, foram distribuídas pelas Filhas da Caridade. Logo, multiplicam-se as curas, conversões e proteções, constituindo verdadeira ressaca de graças. E o povo de Paris apelida a medalha de: medalha milagrosa.

Os milagres ocasionavam questionamentos a respeito da origem da medalha e em 1834 foi publicada uma primeira brochura a respeito da medalha milagrosa, de autoria do Abade Le Guillou, conselheiro do Bispo de Paris. Finalmente Padre Aladel escreve sobre o assunto: publica no “A Noticia”, em agosto de 1834 : 10.000 exemplares esgotaram-se em menos de dois meses. A 2ª edição do mesmo ano, esgotou-se ainda mais depressa e a terceira. . .

Paralelamente espalham-se relatos de milagres ocorridos, pinturas, gravuras e imagens que ilustravam o acontecimento.

No entanto, Catarina permanece na sombra e continua trabalhando absolutamente incógnita. E por ocasião de sua morte, em 1876, já haviam sido cunhadas mais de um bilhão de medalhas.

AS BULAS PONTIFICAIS

Em 1835, diante do “sucesso” da medalha, Monsenhor Quélen se decide pela abertura de um processo canônico que foi confiado ao Cônego Quentin, Vigário Geral.

Em geral, o reconhecimento oficial de uma aparição é feito pelo Bispo local que deverá se encontrar pessoalmente com o vidente, depois do que, se julgar necessário, ele prossegue com seu inquérito para transmitir tudo à Santa Sé, por meio da Nunciatura. No caso de Santa Catarina Labouré, todo este procedimento torna-se impraticável porque Monsenhor Quentin se comprometera com o desejo de Catarina de se manter no anonimato e no silêncio. O processo ficou, portanto inacabado.

E em 1842, em Roma, Alphonse Ratisbonne jovem banqueiro judeu alsaciano, deixou-se convencer, por um amigo, a usar a Medalha Milagrosa no bolso. No dia seguinte, na igreja de San Andréa delle Frate, a Virgem da Medalha Milagrosa lhe aparece. Sua súbita conversão teve uma grande repercussão, tornando-se motivo para um processo canônico que se tornou o ato mais oficial sobre o caso. E o reconhecimento oficial das Aparições da Virgem Maria à Santa Catarina foi feito… graças à própria medalha!

Em 1854, o Papa Pio IX, em sua bula “Ineffabilis Deus”, definiu o dogma da Imaculada Conceição. Parece ter feito uma alusão voluntária à Medalha Milagrosa ao dizer que Maria “apareceu no mundo, com sua Imaculada Conceição, tal como esplêndida aurora, cujos raios resplandecem de toda a parte.”

Em 1894, o Papa Leão XIII aprova a missa da festa de Nossa Senhora da Medalha Milagrosa, composta pelos lazaristas.

Em 1897, Leão XIII aprova a coroação da imagem da Imaculada Conceição, dita “da Medalha Milagrosa”.

Em 1947, após um processo que compreendia uma investigação sobre as aparições, Pio XII declara Catarina, santa.

OS TESTEMUNHOS E OS APÓSTOLOS DA MEDALHA

Dentre os primeiros a comprovar a eficácia da fé através da medalha oferecida por Nossa Senhora, podemos citar o Arcebispo de Paris, Monsenhor Quélen. Depois de minuciosa investigação sobre os fatos citados, tornou-se um propagador convicto da medalha. Obteve, pessoalmente, curas inesperadas. E o próprio Papa Gregório XVI conservava a medalha milagrosa à cabeceira de sua cama.

Desde 1833, Padre Perboyre, lazarista, ele próprio relata a cura milagrosa de um de seus confrades, atribuída à Medalha.

E quando chegou à China, onde viria a morrer mártir, em 1839, distribuiu muitas medalhas e relata, por meio de sua correspondência, numerosos milagres.

Em 1833, Frederico Ozanan trazia consigo a medalha, quando fundou, em Paris, as Conferências de São Vicente de Paulo.

E talvez o mais entusiasta da medalha foi o Cura d’Ars. Desde 1834, ele havia adquirido uma imagem de Nossa Senhora da Medalha Milagrosa, colocando-a sobre o tabernáculo e reproduzindo o reverso da medalha na porta do tabernáculo. No dia 1º de maio de 1836, consagrou solenemente sua paróquia à “Maria concebida sem pecado”.

Ozanam tornou-se um zeloso apóstolo da Medalha e distribuía medalhas e centenas de imagens, sobre as quais escrevia a data e o nome dos que se consagravam à Imaculada.

Em 1835, em Einsiedeln, na Suiça, a Santa Virgem apareceu a uma irmã beneditina, tendo na mão uma medalha milagrosa, virando-a para mostrar o reverso e diz: “Use esta medalha e experimentará a minha proteção especial”.

Em 1843, M. Etienne, Superior dos Lazaristas e das Filhas de Caridade, evoca as aparições como fonte de renovação das vocações e de um novo fervor que anima as duas famílias.

Em 1845, um pastor anglicano, John Newman, que usava a medalha, converteu-se tornando-se padre e depois cardeal.

Santa Bernadete, em Lourdes, usava a medalha antes das aparições da Virgem. Catarina Labouré ao ouvir falar nisso, confirmou: “É a mesma medalha”.

Santa Terezinha do Menino Jesus quando estava no Carmelo, usava a Medalha Milagrosa.

Em 1915, na Filadélfia, nos Estados Unidos, surge, por iniciativa do Padre Joseph Skelly, o Apostolado mariano com a Novena perpétua da Medalha Milagrosa.

E um novo impulso é dado à difusão da Medalha Milagrosa, graças ao Padre Kolbe. Este franciscano, nascido na Polônia, fora ordenado sacerdote em Roma, no ano de 1919. Ele celebrou sua primeira Missa na igreja de San Andréa delle Frate, onde a Imaculada havia convertido Ratisbonne. Em 1917, fundou a Milícia da Imaculada, sob a proteção da Virgem da Medalha Milagrosa, daí se originando um jornal mariano: “ O Cavaleiro da Imaculada”, com um sucesso inaudito. Ao partir para o Japão, em 1930, atravessou a França e fez uma visita ao Santuário da “rue du Bac”, ao Santuário de Lourdes e à Lisieux. Distribuía as medalhas por toda a parte, dizendo “São as minhas munições”. Tendo sido feito prisioneiro no Campo de Concentração de Auschwitz, morreu mártir a 14 de outubro de 1941, dando sua vida no lugar de um pai de família.

Hoje em dia, dois milhões de peregrinos passam anualmente pelo Santuário da Medalha Milagrosa, na Rua du Bac, e a multidão de apóstolos da Medalha Milagrosa espalhou-se pelo mundo inteiro.

Os filiados à Associação da Medalha Milagrosa, permanecem unidos pela oração e por um jornal.

Finalmente, a Internet marca a presença da Capela em domicílio, até as extremidades do mundo!

 

 

Fonte: Folheto da Capela de Nossa Senhora da Medalha Milagrosa, em Paris.

Paris je t’aime! Jamais arrêter la musique!

 

La Bohème

Je vous parle d’un temps
Que les moins de vingt ans
Ne peuvent pas connaître
Montmartre en ce temps-là
Accrochait ses lilas
Jusque sous nos fenêtres
Et si l’humble garni
Qui nous servait de nid
Ne payait pas de mine
C’est là qu’on s’est connu
Moi qui criait famine
Et toi qui posais nue

La bohème, la bohème
Ça voulait dire on est heureux
La bohème, la bohème
Nous ne mangions qu’un jour sur deux

Dans les cafés voisins
Nous étions quelques-uns
Qui attendions la gloire
Et bien que miséreux
Avec le ventre creux
Nous ne cessions d’y croire
Et quand quelque bistro
Contre un bon repas chaud
Nous prenait une toile
Nous récitions des vers
Groupés autour du poêle
En oubliant l’hiver

La bohème, la bohème
Ça voulait dire tu es jolie
La bohème, la bohème
Et nous avions tous du génie

Souvent il m’arrivait
Devant mon chevalet
De passer des nuits blanches
Retouchant le dessin
De la ligne d’un sein
Du galbe d’une hanche
Et ce n’est qu’au matin
Qu’on s’assayait enfin
Devant un café-crème
Epuisés mais ravis
Fallait-il que l’on s’aime
Et qu’on aime la vie

La bohème, la bohème
Ça voulait dire on a vingt ans
La bohème, la bohème
Et nous vivions de l’air du temps

Quand au hasard des jours
Je m’en vais faire un tour
A mon ancienne adresse
Je ne reconnais plus
Ni les murs, ni les rues
Qui ont vu ma jeunesse
En haut d’un escalier
Je cherche l’atelier
Dont plus rien ne subsiste
Dans son nouveau décor
Montmartre semble triste
Et les lilas sont morts

La bohème, la bohème
On était jeunes, on était fous
La bohème, la bohème
Ça ne veut plus rien dire du tout

Charles Aznavour

Um hino a Paz…  O amor jamais permitirá que a pequenez do ódio cante vitória.

 

O que é um piano comparado a um simples estojo de flauta?  O músico não se deixou vencer pelo incomum transporte do instrumento e realizou o seu intento. Carregou o próprio piano para um ato de solidariedade na rua em frente ao Bataclan. Onde, na noite desta sexta-feira, 13 de novembro de 2015, um ato extremo de terror assassinou mais de cem pessoas em Paris. Em um ato de amor, o músico dedilhou as notas da composição de John Lennon e tocou o coração do mundo. 

***

Imagine 

Imagine que não há paraíso
É fácil se você tentar
Nenhum inferno abaixo de nós
Acima de nós apenas o céu
Imagine todas as pessoas
Vivendo para o hoje

Imagine não existir países
Não é difícil de fazer
Nada pelo que matar ou morrer
E nenhuma religião também
Imagine todas as pessoas
Vivendo a vida em paz

Você pode dizer
Que sou um sonhador
Mas não sou o único
Tenho a esperança de que um dia
Você se juntará a nós
E o mundo será como um só

Imagine não existir posses
Me pergunto se você consegue
Sem necessidade de ganância ou fome
Uma irmandade do Homem
Imagine todas as pessoas
Compartilhando todo o mundo

Você pode dizer
Que sou um sonhador
Mas não sou o único
Tenho a esperança de que um dia
Você se juntará a nós
E o mundo viverá como um só

John Lennon

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‘Cidade Maravilhosa’ ou ‘Cidade do Medo’, a sigla CM é a mesma,  mas o estado de espírito do cidadão é que faz toda a diferença…

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Com a nova onda de assaltos, onde os transeuntes são atacados à faca, o Consulado da França do Rio de Janeiro, divulgou uma nota de alerta aos turistas e cidadãos franceses em trânsito pela cidade.

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O colunista do jornal O Globo Ancelmo Gois, publicou em sua coluna:

Medo do Rio 

O Consulado Francês emitiu um alerta, ontem à noite, depois das agressões à faca ocorridas no Rio.

Na carta, o consulado dá dicas do tipo “nunca andar sozinho, a pé ou de bicicleta, depois que o sol se põe; não andar em lugar sem iluminação e não deixar visível nenhum objeto no banco do carro”.

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Recentemente a notícia que correu o mundo, vinda de Paris, informou que a Torre Eiffel foi fechada em protesto contra os ‘batedores de carteiras’. Ou seja, lá os famosos punguistas de ‘mão leve’ subtraem os pertences dos visitantes em trânsito pelo monumento, sem que ninguém seja ferido. Menos mal. No entanto, isso não exime a ‘cidade luz’ da periculosidade dos inimigos da Lei. A verdade é que as grandes cidades do mundo sofrem com o mesmo problema. Contudo, em Paris, o transeunte está à mercê de um risco ainda maior, porque não se pode negar que depois dos ataques terroristas, em Janeiro desse ano de 2015,  os franceses e os turistas em trânsito na “cidade do amor”, também não desfrutam das belezas dos monumentos e do burburinho efervescente dos lugares públicos com a mesma tranquilidade.

Abro espaço para a triste lembrança da atriz, produtora cultural e empresária de Teatro Ruth Escobar (personalidade luso-brasileira que no ano 2000 foi diagnosticada com Alzheimer, sendo pouco a pouco devastada pela doença que se apropriou da sua memória). Em 1996, Ruth Escobar foi vítima de um assalto à faca na noite parisiense, em que o assaltante a esfaqueou na altura dos rins. Na época, também houve um alerta aos turistas brasileiros na cidade de Paris.

Retomando o assunto da nota do Consulado da França no Rio de Janeiro, que despertou o interesse em postar um comentário detalhado, não há porquê se aborrecer com esse alerta. Penso que a conotação pretendida seja tão somente prestar um serviço de utilidade pública ao cidadão francês.

Encerrando o blá-blá-blá sobre a nota do governo francês, melhor incorporar no linguajar a gíria com o espírito carioca e bem humorado da cantora Sandra de Sá:

” É papo de alfândega: nada a declarar.”

Contudo, por mais espirituoso que seja o cidadão do Rio de Janeiro que não quer dar o braço a torcer e faz piadas com o nosso drama urbano, creio que o medo esteja rondando a alma do carioca. Realmente não dá para ‘tapar o sol com a peneira’ e fingir que está tudo bem. Oremos para que a ‘CIDADE MARAVILHOSA’ possa viver em PAZ.

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